domingo, 2 de maio de 2010

"Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebradiça". (Clarice Lispector)


Sensibilidade à flor da pele. Compreender o subjetivo, ler nas entrelinhas, "reemplazar palabras por miradas". Compartilhar todas essas sensações através de um olhar, sem precisar falar, gesticular ou insinuar: só sensibilizar. Sentir e ser sentido assim, por meio dos sentidos, mas sem sentido algum. (Fez sentido?)
É querer que meus anseios transcendam a mim mesma, e que se possa observar seus sinais e compreender seu rumo.

Eu só caibo no sentir.

2 comentários:

  1. sensibilidade de ver as coisas em seus detalhes,em pequenos gestos... Na sensibilidade de compreender que um "não" quer dizer "sim".

    Muito lindo fer!

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  2. "sentir e ser sentido, porém sem sentido algum".

    me agrada imaginar essa troca abstrata e livre das pessoas com o mundo a sua volta e consigo mesmo, essa sensibilidade (à flor da pele e para além da pele)que permite entender as coisas sem preocuparmo-nos em efetivamente entendê-las, sem esperar que elas façam sentido ou sejam racionalizáveis. a intensidade do sentir e a beleza das entrelinnhas não podem ser substituídas pelo que supomos compreender...

    adorei!

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