quinta-feira, 9 de setembro de 2010


meto a cara na manhã empoeirada da metrópole.
arrasto comigo um poema
em busca de palavras exatas
para ser tecido.

jogo o corpo na manhã
cinzenta da cidade
com a cara lavada de perspectivas
e o coração que é um largo lençol
de cicatrizes.

navego longamente na manhã

urbanotrópole
com o saco cheio de sair pela traseira da vida.

[MARANHÃO, S. P-5 Da série problemas pessoais]

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